Segundo o dicionário Wikipedia, "Na mitologia grega, Aquiles... foi um herói da Grécia, um dos participantes da Guerra de Tróia e o personagem principal e maior guerreiro da Ilíada, de Homero"... "Lendas posteriores (que se iniciaram com um poema de Estácio, no século I d.C.) afirmavam que Aquiles era invulnerável em todo o seu corpo, exceto em seu calcanhar; ainda segundo estas versões de seu mito, sua morte teria sido causada por uma flecha envenenada que o teria atingido exatamente nesta parte de seu corpo. A expressão 'calcanhar de Aquiles', que indica a principal fraqueza de alguém, teria aí a sua origem"... "De acordo com um fragmento de um Achilleis — a Aquilíada, escrita por Estácio no século I - quando Aquiles nasceu, Tétis teria tentado fazê-lo imortal, mergulhando-o no rio Estige; deixou-o, no entanto, vulnerável na parte do corpo pelo qual ela o segurava, seu calcanhar ... Não está claro, no entanto, se esta versão do mito era conhecida anteriormente".
Lendo estas frases, lembrei-me da nossa vida espiritual. A conversão ao Evangelho de Cristo, embora garanta-nos o completo perdão dos pecados e a certeza da nossa salvação eterna, não nos exime do risco de sermos atingidos pelo pecado.
Afinal de contas, continuamos com a nossa natureza humana ainda inclinada para a prática do mal. Sem contar que o nosso adversário, o diabo, tentará encontrar espaço nas áreas mais vulneráveis do nosso ser, que têm uma amplitude até maior do que o "calcanhar de Aquiles".
É certo que teremos muitas vitórias sobre a nossa natureza pecaminosa e às tentações diabólicas, pois poderemos sempre contar com a ajuda da Trindade Divina, mas precisamos ter consciência da inevitabilidade de certos deslizes comportamentais em nossa peregrinação terrena, pois, “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça” (1 João 1:8-9)
Também é oportuno salientar que, a despeito da inevitabilidade de pecar, deve-se lutar com as armas espirituais disponíveis (fé, obediência à Palavra e oração), “Para que, no tempo que vos resta na carne, não vivais mais segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de Deus” (1 Pedro 4:2)
Para esta pequena reflexão, julgo propício lembrarmos das seguintes palavras que o Apóstolo Paulo escreveu: “E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12:2).
O escritor da carta aos Hebreus também nos encoraja a lutarmos contra o pecado:
“Portanto nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta. Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus. Considerai, pois, aquele que suportou tais contradições dos pecadores contra si mesmo, para que não enfraqueçais, desfalecendo em vossos ânimos. Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado” (Hebreus 12:1-4)
É certo que somente na glória estaremos isentos da possibilidade de pecar. Entretanto, precisamos ser mais dependentes Dele, e evitarmos a atitude soberba de confiarmos nas nossas próprias forças e em nossos recursos pessoais para termos vitória sobre as tentações e à carne.
Quando o Apóstolo estava sendo provado com o seu espinho na carne (situação adversa, não revelada nas Escrituras), o Senhor Jesus dirigiu-lhe as seguintes Palavras: “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”. O Apóstolo, que recebeu estas Palavras bastante quebrantado de coração, afirmou: “De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo” (2Coríntios 12:9).
Meditem nestas palavras!
Qual é o seu calcanhar de aquiles?
Alysson Jordão
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