Todos desejamos encontrar um significado mais profundo em nossas atividades profissionais. As recompensas financeiras já não são as únicas, e para muitas pessoas, já nem são as mais importantes pagas de seu trabalho. Tanto é verdade que para a pergunta "se você tivesse bastante dinheiro para viver confortavelmente o resto da sua vida sem trabalhar, o que faria em relação ao seu trabalho?", a maioria esmagadora das pessoas responderia "trabalharia mesmo assim".
Uma recente pesquisa mostra que o sentido no trabalho depende de seis características combinadas. Em primeiro lugar, o trabalho deve ser feito de maneira eficiente e gerar resultados, pois ninguém gosta de plantar sem colher. Depois, deve ser intrinsecamente satisfatório, isto é, corresponder à personalidade, valores e talentos das pessoas, ou, em outras palavras, a pessoa tem de gostar do que faz. Um terceiro fator é que o trabalho tem de ser moralmente aceitável e socialmente responsável, o que significa dar uma contribuição à sociedade e cooperar com os mais nobres ideais humanos. Uma quarta característica do trabalho com sentido é que ele deve ser uma fonte de experiências de relações satisfatórias, e nesse sentido o trabalho aproxima pessoas e cria parcerias existenciais. A quinta característica diz respeito às garantias de segurança e autonomia, pois com o trabalho "ganhamos a vida": dinheiro para viver, respeito, admiração e acima de tudo a dignidade. Finalmente, a sexta característica de um trabalho com sentido é que ele nos mantém ocupados, enche nossa agenda, organiza nosso tempo – dias, meses, anos – estrutura e organiza a vida diária e a história pessoal.
Além dessas seis características, creio que o sentido do trabalho está associado a dois outros fatores. Primeiro, com as possibilidades de autodesenvolvimento ou, como bem disse Vinícius de Moraes, "o operá-rio faz a coisa e a coisa faz o operário".
Mas acredito que a característica mais essencial do sentido no trabalho é o senso de missão. A maioria das pessoas realizadas em sua atividade profissional acredita não apenas que faz o que Deus lhes deu para fazer, como também no fato de que os frutos de tal atividade estão associados a valores intangíveis. A dimensão religiosa–espiritual da atividade profissional está bem retratada no Gladiador, de Ridley Scott. Maximus, o personagem de Russell Crowe, ao convocar seus soldados para a batalha, associa duas figuras imprescindíveis ao trabalho que contém significado: o céu e a eternidade. Ele diz para sua tropa perfilada algo mais ou menos assim
—Caso algum dos senhores se perceba cavalgando em uma serena campina no mais belo pôr–do–sol, não se assuste, você morreu e está no Elíseos.
Em seguida, afirma categoricamente:
—O que fazemos aqui ecoa na eternidade — evidentemente reforçando a convicção de que aquele que morre fazendo o que deve ser feito não morre em vão.
Trabalhe com satisfação. Tudo que fizer faça para como para o Senhor.
Deus abençoe sua empresa e seu emprego.
Abraços !
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