Havia intervalos entre um ato criador e outro. Antes de continuar, de se ocupar do ato seguinte, Deus dava uma olhada no ato anterior para ver se tudo estava saindo a contento. E ele ficava satisfeito com tudo o que fazia. Ao final, quando estava tudo pronto, bonito e funcionando, “Deus viu que tudo o que havia feito era muito bom” (Gn 1.31, NTLH). Então, ele descansou.
Acontece que, quando viu o homem andando para lá e para cá no Jardim do Éden, Deus constatou: “Não é bom que o homem viva sozinho. Vou fazer para ele alguém que o ajude como se fosse a sua outra metade” (Gn 2.18, NTLH). Então, Deus saiu à procura desse alguém. Caminhou pelo campo, subiu as montanhas, entrou na floresta, aproximou-se da praia, olhou para o céu, olhou para o chão, e nada. Nenhum dos animais que ele havia criado antes do homem, nem os domésticos nem os selvagens, muito menos os que se arrastavam pelo chão, poderia ser elevado à honrosa posição de completar o homem.
Então Deus teve uma ideia genial: “Fez com que o homem caísse num sono profundo e, enquanto ele dormia, decidiu fazer uma cirurgia; tirou uma das suas costelas e fechou a carne naquele lugar” (Gn 2.21). E começou a trabalhar com essa única peça para fazer dela o que pretendia. Deus não queria fazer outro homem para viver na companhia do primeiro. Ele achou melhor fazer alguém parecido com o homem, mas não igual a ele. Talvez alguém mais gracioso, com algumas curvas a mais, sem bigode e sem barba, com movimentos menos bruscos e mais delicados, de tal maneira que esse alguém tivesse interesse e desejo pelo homem e que despertasse nele os mesmos sentimentos. Seria formidável, pois manteria os dois juntos, um na dependência do outro.
Então Deus começa a modelar a mais bela arte, o homem seria como um rascunho, agora viria a obra perfeita. Será que quando Adão acordasse iria ser atraido? Será que o encanto desta criação seria mais belo do que o jardim inteiro? Enfim... Quando a outra metade do homem estava pronta e bela, Deus a levou ao homem. Ele achou por bem chamá-la “mulher” (por ter saído dele) e exclamou: “Esta é a carne da minha carne e osso dos meus ossos” (Gn 2.23). (Homem em hebraico é “ish”, mulher é “ishah” -- duas letras a mais.) Então houve uma grande festa, pois o momento celebrava o primeiro casamento da história.
Adão deve ter dado aquele sorriso para Deus como se estivesse dizendo: Esta é a mais bela flor que faltava no meu jardim. Então daquele dia em diante, todos nós ficamos sabendo do valor da “Mulher”. Obra prima de Deus!
Parabéns a todas as mulheres!
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