A igreja nunca perde sua beleza e seu encantamento. Não é que eu queira maquiar a realidade, ignorando os problemas e as dificuldades que fazem parte da história e da vida da igreja. Olho para mim mesmo e vejo que não posso exigir dela algo que eu mesmo não seja. Às vezes a igreja perde o foco da sua missão e envereda por caminhos e vielas que soam como uma negação da sua própria vocação. Mas nem por isso ela deixa de ser bonita, vencedora e gloriosa. Muitas pessoas, famílias e comunidades encontraram justamente nela a sua identidade e missão, e ali cultivam relações vitais.
Quantas igrejas, muitas delas espalhadas pelos recantos mais pobres das nossas comunidades, prestam um serviço fundamental a Deus e às pessoas ao seu redor!
A igreja é assim. Ela é de Deus e ele a levanta em lugares e de maneiras que não imaginamos. Ela é de Deus e resiste aos nossos estereótipos e tentativas de enquadramento. Ela é de Deus, que chama as mais diferentes pessoas para viver e trabalhar nela com alegria e sentido de vocação.
Ela é de Deus, que a renova e sustenta no decorrer da história, seja conosco ou apesar de nós. E essa igreja de Deus espalhada pelo mundo abriga no seio milhares de pessoas e famílias que, sabendo-se encontradas por Deus, são por ele vocacionadas para engajar-se nas andanças do seu reino.
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